A pele do amor
Dulce Quental
Por Jonas Sá
Nos aproximando da chegada do álbum completo, a faixa "A Pele Do Amor" aterrissará nas plataformas no dia 14 de janeiro, fechando a trilogia de singles desse novíssimo trabalho autoral de Dulce. Através dele, podemos perceber o que Dulce vem sempre falando a respeito da autonomia sobre nós mesmos, de como podemos usar nossas forças
Por Jonas Sá
Nos aproximando da chegada do álbum completo, a faixa "A Pele Do Amor" aterrissará nas plataformas no dia 14 de janeiro, fechando a trilogia de singles desse novíssimo trabalho autoral de Dulce. Através dele, podemos perceber o que Dulce vem sempre falando a respeito da autonomia sobre nós mesmos, de como podemos usar nossas forças para perseverar num mundo careta e hostil.
"A Pele Do Amor" é toda sobre auto acolhimento. O acolhimento que buscamos no outro e que, no entanto, não sabemos nos brindar.
Acompanhada pelos produtores e músicos Pedro Sá (guitarras e baixo) e Jonas Sá (MPC, percussões e sintetizadores), Dulce canta:
"Quero (...) me aninhar entre suas pernas, como uma segunda pele" Para então desenvolver:
"Mas já não me interessa mais o que você pensa" e enfim arrematar:
"Estou de volta sob a minha pele, fiz um lugar na carne do mundo (...) onde cabe qualquer dor sob o signo do amor".
É irônico notar como a autonomia é mote recorrente das redes sociais, justamente o altar da aprovação alheia.
Vemos diariamente pipocarem posts com frases motivacionais como "Vá. E se tiver medo, vá com medo mesmo"
Mas Dulce sabe que o buraco é mais embaixo. O auto acolhimento serve para o nosso amor-próprio, mas também há de se acolher a dor do mundo e o medo de seguir em frente, sem nunca trocar nossos sonhos por migalhas de carinho.
Assim como faz, com maestria, a artista ao voltar para nós com a graça e beleza dessas novas canções.