"Criei a Cafezinho Edições porque acredito na importância de  proteger e valorizar o direito do autor."

RAUL MISTURADA

"Músicas que transitam entre o popular e o experimentalismo, ampliando ou abolindo as fronteiras estilísticas. Com letras que compartilham dos mesmos desejos de mudança, avançando além do senso comum. Ou seja, a tal insanidade equilibrada sugerida na canção-título de abertura, que também é reforçada por Misturada e Haertel em “Mirabolante”, “…a vida não é luz que  se transfira /   Que seja mirabolante mutante indecente / Vontade  não prende  as correntes do corpo / Vontade não prende as correntes do corpo da gente / Mirabolante / que seja um presente indecente mutante / As correntes da gente /  mirabolantemente ausentes…”.  Antonio Carlos Miguel.

PAULO MONARCO

"A primeira vez que vi  o matogrossense Paulo Monarco foi no Festival de Ponta Grossa no Paraná. Era 2009 e eu fazia parte do juri.  Paulo acabou levando o segundo lugar com a canção A Saber o Sabor, um rock com pegada tropicalista que arrebatou a platéia. A partir daí ficamos amigos e parceiros e eu nunca mais larguei dele. Fizemos algumas belas canções juntos, entre elas Quero ser Maquina, vencedora de pelo menos quatro festivais da canção, e Tempo Circular, gravada por mim ao vivo no  DVD  Dulce Quental: Musica e Maresia. "

ZE MANOEL

“Num lugar onde canta a asa branca de Luiz Gonzaga, o sabiá de Tom e de Chico, o Fogo Pagô de Sivuca e os pássaros fazem a festa nas melodias de Ernesto Nazareth, onde passa um rio chamado pelos ribeirinhos de Velho Chico, entre a Bahia de Caymmi e João Gilberto e o Pernambuco de Capiba, Geraldo Azevedo e Moacir Santos, começaram a nascer as minhas primeiras composições, inspiradas pela beleza de um Brasil que se forja no interior, mas que dialoga com o mundo. 

Ao piano compus as primeiras valsas, passeei pelo samba, pelo baião, pelas músicas folclóricas que brotam nos grotões desse país, deitei no jazz e me encontrei na canção. Passei a seguir, como um lugar a ser alcançado, a simplicidade grandiosa de Dorival Caymmi. 

Em busca da minha própria música e linguagem, mantenho os pés firmes no chão, mas a cabeça voltada para o etéreo, em busca do novo, como a figura da parabólica erguida no mangue, de Chico Science." Ze Manoel

OKKA

OKKA é ponto de encontro comunidade de conexões musicais intercontinentais. dialogam entre cordas, toques e vozes, Dandara, Jota Erre, Paulo Monarco e Raul Misturada, em encontros residências artísticas itinerantes. ambientada no trânsito que parte do Brasil em diálogo com o mundo, a OKKA já colaborou em vivências criativas com Uxía (cantante galega), Alejandro Vargas (pianista e arranjador cubano residente na Galícia) e Mû Mbana (multi-instrumentista da Guiné-Bissau, residente em Barcelona). a OKKA nasceu em 2018, através do movimento e do desejo de integração. nos deslocamos para nos encontrar em bando e partilhar nossas experiências, com o desejo de estar juntos como motor da criação. a fricção entre códigos culturais e a convivência das diferenças aparecem como assunto em nossas músicas porque faz parte da própria experiência OKKA. nossos encontros acontecem em diferentes lugares do mundo, onde gente de todo mundo se encontra para inventar um lugar pela música. nós somos o povo. Viemos de Abreu e Lima, Mumbeca II, de Cuiabá e da Zona Norte de São Paulo, e nossas raízes são o que fortalece a universalidade da nossa linguagem em trânsito pelo mundo. A OKKA é soma de forças, sem muros.